quinta-feira, abril 06, 2006

Estórias de Almas Solitárias IV

Calei a tua boca com os meus lábios
e o silêncio tomou conta das despedidas.
Não tive coragem de te dizer adeus ou algo parecido.
Beijei-te porque achei que era o melhor modo de me separar de ti

Quando te vieram as lágrimas aos olhos
eu nem soube o que fazer ou dizer.
Na minha ingenuidade sempre assemelhei a verdade ao sofrimento.
Tu estavas a sofrer, logo não estarias a mentir.
Mas também eu senti inúmeras vezes vontade de chorar.
Está assim explicada a razão pela qual eu saía de ao pé de ti,
sempre sem olhar para trás.

Em vida nunca sentiste o sabor das minha lágrimas.

Agora elas caem sem eu dar por isso.
Foi com água dos meus olhos que reguei estas flores que te ofereço.
Espero que gostes.
São brancas.
É a cor da pureza.
A cor do teu amor por mim.

1 Comments:

Blogger Cláudia Faro Santos said...

Sempre choras...E eu sempre achei que as lágrimas seriam uma boa forma de exorcisar a tristeza, a melancolia...O turbilhão de tudo e nadas...E há tanto que fica por dizer.

São tão belas as flores brancas...

4:12 da tarde  

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