terça-feira, maio 02, 2006


Eu lembro-me quando me deste a mão e falaste da tua infância.
Disseste que tinhas plantado um árvore.
Falaste também no teu livro.
Acrescentaste que só te faltava um filho e pediste-me para o ter por ti.
Lembras-te?
Pediste-me para educar o meu filho à tua imagem.
Imploraste para eu lhe falar de ti e para lhe mostrar as tuas cartas.
Assim, ele saberia que existe alguém num outro lugar,
que gosta muito de mim e de certeza gostaria muito dele.
Eu estava desesperada com a situação.
Só te restavam uns míseros dias de vida eu acenava que sim, com toda a minha tristeza.
Sem saber que no teu pedido estava a única solução para eu conseguir viver sem ti.
Desculpa-me!
Compreendi-te sempre tão tarde demais.
Desculpa.